quarta-feira, 14 de março de 2012

IMPERIANO NO SAMBA DE SILAS!!!

Alô, alô rapaziada!!! Hoje nosso convidado no SAMBA DE SILAS é ALEX RIBEIRO.
Criado em uma das maiores, e mais tradicionais, escolas de samba do Rio de Janeiro, o G.R.E.S. Império Serrano, o artista é filho do cantor e compositor Roberto Ribeiro.
Um dos cantores de samba da nova geração começou a carreira como o pai, jogando futebol em times brasileiros e internacionais.
Parou com o futebol e começou na carreira musical interpretando as mais belas canções que seu pai cantou e que até hoje são entoadas como verdadeiros hinos da música popular.
Com a palavra, Alex Ribeiro:





Falar do nosso Mestre Silas de Oliveira para mim que fui criado no samba e dentro do Império Serrano é muito simples, é falar de inspiração, talento, amor, sensibilidade, respeito,musicalidade e outras coisas mais, pois segundo meu Saudoso pai Roberto Ribeiro, Silas foi, é e sempre será o maior compositor de sambas enredo da história, além de ter feito grandes sambas de meio de ano. Eu me sinto muito orgulhoso em poder cantar sambas do nosso Mestre como: Aquarela Brasileira, Heróis da Liberdade, Meu Drama entre outros.
Hoje a bandeira está sendo levantada pelos filhos e netos como meu grande amigo e muito talentoso percussionista Junior de Oliveira que assim com eu leva bandeira do Samba. Alô Madureira... Ô SORTE!!! 



sábado, 28 de janeiro de 2012

Hoje no Samba de Silas o nosso queridão Leandro Fregonesi

    • Queridos amigos, amados e maravilhosos. Hoje no Samba de Silas tem um lindo texto do nosso queridão Leandro Fregonesi Cantor, compositor, músico e produtor.  


      Samba é o que?
      Inventividade?
      Leite da Mãe Preta?
      Alucinação?
      Som de batucada?

      Dó, ré, mi, fá sol?
      Elo de além-mar?

      Ouro Guarani?
      Luz do céu anil?
      Inquietação?
      Véu da poesia?
      Eixo cultural?
      Imatéria prima?
      Rua, roda e riso?
      Aquarela Brasileira!









quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Homenagem a Silas de Oliveira!

E nesta segunda feira, 16 de janeiro, no Clube Renascença, junto ao Samba do Trabalhador, rolou uma homenagem a Silas de Oliveira!
A festa, liderada por Moacyr Luz, teve direito até ao batismo da estátua do grande Silas, feita pelo pessoal de São José do Vale do Rio Preto, local onde Tom Jobim tinha uma casa e compôs o clássico "Águas de março". 
Confira então as fotos desse evento maravilhoso!!!!!


Junior e Silas!

Batizado com muita cerveja!! 

Axé Silas de Oliveira e Moacyr Luz!

E a família compareceu!!

Festa bonita!!!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Convidado especialíssimo no Dia Nacional do Samba!

Hoje, no DIA NACIONAL DO SAMBA, fiquei quebrando minha cabeça sobre o que postar no SAMBA DE SILAS.
Muitas coisas têm sido ditas sobre o samba, sobre cultura brasileira, sobre o samba na cultura brasileira... muita gente de "responsa" lê este blog. Então, pensei que qualquer coisa que eu escrevesse, qualquer opinião minha sobre o assunto seria apenas uma mera opinião de uma historiadora que no fundo, no fundo é uma profunda admiradora do samba, apenas isso!!! Por isso, resolvi deixar o espaço para quem realmente entende do assunto, aliás, esse é o propósito do blog, dar espaço para o pessoal do samba não só falar sobre Silas de Oliveira, mas também sobre o samba e seu universo, como também, preservar acima de tudo a memória desse nosso patrimônio histórico brasileiro. O samba é a nossa mais legítima resistência e quem entende um pouco de história  sabe do que estou falando.
Anos e anos de dominação européia, séculos de submissão...
Assim, passo honrosamente a palavra para um dos nossos maiores sambistas da atualidade, aquele que cantou sabiamente: "SAMBA, AGONIZA MAS NÃO MORRE..."
Com vocês, Nelson Sargento!!!


Silas de Oliveira

Silas de Oliveira compositor emérito, humilde e genial na sua inspiração que tem qualquer coisa de divino.
As palavras que coloca nos sambas que compõe se transformam em poesia da melhor qualidade.
“A dolência que possuis na estrutura é uma sedução” ou ainda “Oh, minha romântica senhora tentação”.
O Silas deu uma estrutura poética ao samba, que perdura até os dias atuais.
Silas popularizou o Império Serrano, escola do seu coração, com sambas que compôs.
Que Deus guarde no seu reino, este fabuloso autor.

Nelson Sargento




quinta-feira, 17 de novembro de 2011

VOLTAMOS!!!!!

Estamos de volta!!! 
Por algumas semanas ficamos afastados do blog por conta da "licença paternidade e maternidade"(rs...) Nara, nossa filha, nasceu, é saudável e muito linda! E pra comemorar, escolhemos um texto muito bonito de André Lara, músico e neto de Ivone Lara!
E vamos "simbora" porque temos muito o que falar de Silas de Oliveira ainda!
Abraços,
Junior de Oliveira e Carol Gallego


Quando a voz do poeta calou


“Silas, por nós tu não terias ido agora”. Silas de oliveira Assumpção, sambista, ex-combatente na Segunda Guerra Mundial, jongueiro, pai de família, exemplo pra todos os poetas, deixou seu legado imortal que viaja no antigo e no contemporâneo, na melodia complexa e no verso fenomenal, na malandragem e na seriedade, no culto e no popular. É, a meu ver, o “poeta dos poetas”. Qual compositor nunca tomou um gole de Silas de Oliveira?

Tempos atrás, com 10 anos de idade, lembro o lançamento do livro da grande escritora e defensora do samba, Marília Barbosa, que, na ocasião, presenteou minha avó e minha mãe com a obra: “Silas de Oliveira – Do jongo ao samba enredo’. Oito anos depois, comecei a ler e me interessar pelo pressuposto teórico do livro que me levou a devorar toda dissertação em uma semana.

Mais curioso ainda, fui à fonte mais próxima de casa para saber um pouco mais sobre a vida do tal Silas de Oliveira, que eu, ainda um ignorante no mundo do samba procurava conhecer. Minha avó, sempre acolhedora, me contou um fato que até hoje explano para meu grande amigo Junior de Oliveira: “Cinco bailes da história do Rio”, parceria de Dona Yvonne Lara com Silas de Oliveira e Bacalhau, foi um marco na carreira da minha avó, por lhe impor muito respeito no espaço ainda seleto do samba.

Não satisfeito, pedi que me contasse mais e ela, emocionada, disse que Silas morreu cantando no show que se intitulava “samba da intimidade”, onde não só ela, mas muitos sambistas estavam presentes. Logo depois de cantar “heróis da liberdade”, Silas começou a interpretar os “Cinco bailes da história do Rio” e, no meio de uma de suas melhores apresentações, veio a falecer. Sempre me arrepio toda vez que conto essa história! Mas voltando... No mesmo dia, minha avó e Délcio Carvalho, que tinham acabado de se conhecer, começaram lá mesmo sua primeira parceria, finalizada em Inhaúma, já pelas 7 h da manhã. O resultado desse encontro foi o samba que eu só conheci uns anos atrás: “Derradeira Melodia”, em homenagem ao grande mestre:

LARAI Á LARAI Á LARAIÁ LAIÁ

QUANDO A VOZ DO POETA CALOU
A NATUREZA CHOROU FORTE
E SEU PRANTO BATENDO NO CHÃO PARECIA
ACOMPANHAR A DERRADEIRA MELODIA
QUE AINDA PAIRAVA PELO AR
ERA SAMBA FIRMAR
COM PUREZA E MAGIA

AO ERGUER A MINHA TAÇA
COM EUFORIA
NINGUÉM HÁ DE ESQUEÇER
O SEU PRANTO DE RAÇA
QUE O POETA ENTOAVA
COM TODA HARMONIA
E O SAMBISTA ASSIM CANTOU
CAUSANDO TANTA EMOÇÃO
MAS SUA ARTE A DE FICAR DE PÉ
DENTRO DO NOSSO CORAÇÃO

LARAI Á LARAI Á LARAIÁ LAIÁ




quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Wanderson Martins no SAMBA DE SILAS!

Hoje temos um convidado que muito tem contribuído para a música brasileira, WANDERSON MARTINS, instrumentista e compositor, toca com os maiores nomes dos palcos de hoje em dia. Aqui no SAMBA DE SILAS, ele dá continuidade ao pensamento de seu filho João Martins e nos presenteou com uma belíssima poesia!!!
Senhoras e senhores, com vocês... Wanderson Martins!!!!!







Parafraseando Joao Martins,

sentimos no legado e na figura
de Silas, uma simplicidade
onde a obra é
o centro da atençao ,
o verdadeiro foco,
fato que hoje certamente
seria colocado em segundo ,terceiro, ultimo plano,
visto que a ganancia e a vaidade,
se sobrepoem ao talento,
à emoçao à arte.
Monarco me contou da sua admiraçao por Silas, em
quem depositava
total confiança,pedindo opinioes sobre suas composiçoes:
A pergunta que deixo no ar
seria:
Será que o grande Silas teria chance
de mostrar ou ter sua obra
reconhecida nessa selva
onde o glamour de ter
o nome incluído
numa das parcerias
quilométricas
onde o que menos importa,
infelizmente,
sao as rimas, as
melodias,
temas tao bem
declinados por tao nobre
compositor?
Viva Silas de Oliveira!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Dia de convidado no SAMBA DE SILAS!


Olá meus parceiros! Hoje é dia de mais um convidado especialíssimo aqui no SAMBA DE SILAS. O pessoal do samba o conhece muito bem, JOÃO MARTINS.
Cantor e compositor de "responsa", filho do músico Wanderson Martins, deixa sua graça nas belas poesias em forma de notas musicais e tem tudo registrado no seu blog: www.sambajoaomartins.blogspot.com 
Vale a pena conferir o nosso texto e o blog!!!
Valeu João!!!



  • Ao tempo e ao Silas


    E a gente fica pensando:
    E se Silas estivesse vivo? Como seria?
    Egoístas em querer tocar
    Em ver com os olhos
    Em ouvir da boca o verso
    Apego
    Egoístas em querer ignorar o tempo.
    Afinal... é o tempo.
    Contra ele nem tentar deveríamos.

    Quando o sambista nasce?
    Quando foi o astro assim consagrado?
    Quantas notas? Quantas bossas?
    Quantas noites?
    Consagrado aos que de perto sentiram a movimentação celestial de suas atitudes ou aos que o rumo dos anos fez o favor de mais tarde apresentar?
    presentear?
    Pra consagrar.
    O mito existe. Onde foi seu grande estalo?
    À partir de quando o rei nomeou nobre cavaleiro quem antes era só mais um?
    Canonizado Silas

    Que esperem a morte carnal; a desencarnatória os que vêm.
    Talvez defuntos a gloria lhes caiba melhor.
    À carne seca.
    Conformem-se;
    Se é jogo; morreu, ganhou.
    Aos vermes enfim, e toda podridão corporal.
    Humana, orgânica
    É assim que receberão flores, lágrimas e louros.
    E nem ai estarão,
    Nem se importarão
    lá deitados, já sem vida.
    Saúda-se o espírito,
    Esperando,
    os outros e próximos “nós”,
    cruéis e novamente egoístas
    vossas próximas encarnações.
    Conformando a quem necessite que, como toda boa história, o fim tem sempre um depois.
    Saideira...

    Celestioso, confunde.
    Transcende à carne
    e vive.

    É o canto que eterniza.
    O que resta
    É tradição oral entranhando na cultura
    Aglomerando a identidade das nossas bandeiras
    Ficamos nós, como fantoches dessa força
    Comum aos novos e antigos
    Embalo em transe
    São outras famílias
    São outras pessoas
    São outras histórias e escolas entrelaçadas pelo poder da voz e seus missionários.
    Uns pra criar.
    Outros pra proferir.
    Outros para resgatar
    Outros para conferir.
    Todo canto será louvado, pois será ouvido
    Por outras almas
    Por outros corpos
    Por outros tempos
    E por tudo que vivemos,
    que cantamos e chamamos : samba
    Assim foi
    e assim será
    Pra Sempre Silas